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Essa atividade aumenta a percepção de si mesmos e de seus pesos.
Ajuda a aumentar a auto-estima que está muitas vezes diminuída nesses pacientes devido à distorção de sua imagem corporal.
Muitos têm uma estimativa de necessidade de perda de peso aumentada e irreal o que os desmotiva. Assim, qualquer perda em vez de ser uma vitória passa a ser uma
afirmação da impossibilidade de se conseguir chegar ao objetivo
estipulado. |
Gerenciamento do Estresse
Por ser o estresse o principal fator
predisponente à recaída, o ensinamento de técnicas para diminuir a tensão é
essencial. Essas podem ser através de exercícios respiratórios, relaxamento
muscular e meditação, dentre outras.
Apoio Social
Aqueles
com um maior grau de apoio social, tendem a conseguir uma maior perda de peso e
também a manutenção da mesma. Esse apoio pode ser conseguido através da inclusão
da família no programa de tratamento, programas comunitários, grupos de
atividades socais externas como nas escolas, igrejas, faculdades e clubes que
não necessariamente devem ser orientados para o controle de peso.
Essas
interações podem ser decisivas para uma auto-aceitação mais intensa e o
desenvolvimento de outras formas de relacionamento interpessoal.
Atividade
Física
É o outro grande tripé do tratamento. É responsável pela
redução de várias complicações associadas com a obesidade. A atividade física é
um estímulo para se manter o peso atingido.
Estudos mostram que uma pessoa
fisicamente ativa, mesmo obesa, pode diminuir os riscos de mortalidade
substancialmente. Isso mostra a possibilidade de uma "obesidade saudável" o que
só vem a enfatizar esse procedimento no acompanhamento desses pacientes. Não é
necessário que se comece fazendo atividades estafantes. Pode-se começar com
caminhadas de 30 a 40 minutos diárias. O objetivo é gastar de 300 a 500 kcal por
sessão ou 1.000 a 2.000 kcal por semana.
A obesidade
infantil
A obesidade infantil está se tornando um problema cada vez
maior no mundo e no Brasil, o número de crianças obesas vem aumentando a cada
ano.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, 15% de meninos e
meninas brasileiros estão obesos. Na década de 80, apenas 3% delas eram obesas.
Nos Estados Unidos, a porcentagem de crianças obesas é de 20%, correspondendo a
cerca de 5 milhões de crianças entre as idades de 6 a 17 anos.
Isto se
deve ao tipo de dieta daquele país, muito rica em cardohidratos e gorduras, que
se encontram em níveis elevados em alimentos como hambúrgueres, tortas,
sorvetes, batatas fritas, e refrigerantes. Um outro grande problema é que as
crianças obesas freqüentemente se tornam adultos obesos.
A maneira de
tratar este problema relaciona-se a um aumento da atividade física na criança,
segundo recomendação do American College of Sports Medicine.
A atividade física
deveria durar cerca de 30 a 40 minutos ao dia, e deveria ser "divertida", para
manter a criança interessada.
As recomendações são:
Disponibilizar mais
locais (ginásios, quadras, etc) para facilitar a atividade física das
crianças;
Encorajar atividades diárias simples, tais como caminhar ou ir de
bicicleta até a escola, subir escadas ao invés de usar o elevador, e brincar ao
invés de ver televisão;
Encorajar atividades familiares, especialmente com
as crianças menores;
Faça com que a atividade física seja
divertida.
Para prevenir e tratar a obesidade em crianças, recomenda-se
que:
Crianças maiores do que 5 anos não devem ingerir mais do que 30%
de sua ingestão calórica diária na forma de gorduras;
Aumentar o consumo de
frutas, vegetais e grãos na dieta de crianças e adolescentes;
Evitar comer
nos intervalos das refeições - se forem feios lanches, preferir frutas e
alimentos com baixas calorias;
Os órgão de saúde pública deveriam
considerar a realização de campanhas educativas de orientação aos jovens, acerca
dos hábitos alimentares;
As escolas deveriam se envolver na educação
alimentar.
Hoje, grandes empresas e mesmo fast foods americanos, se
empenham em estudar, junto às Sociedades de Endocrinologia e Metabologia, para a
elaboração de cardápios balanceados, pensando na desaceleração dessa marcha
impressionante da obesidade mundial.
O uso de
medicamentos
As informações atuais evidenciam o tratamento
medicamentoso como um grande aliado no controle de peso juntamente com todas as
outras medidas acima expostas. O uso de remédios sem tais medidas não demonstrou
ser uma conduta promissora em vários estudos. Os efeitos das drogas tendem a ser
máximos em seis meses. Há vários tipos de remédios. As drogas mais utilizadas e
com eficácia comprovada são Orlistat, Sibutramina e Fluoxetina.
É importante
ressaltar que as drogas podem causar efeitos colaterais como depressão,
problemas pulmonares, diarréia, boca seca, distúrbios de sono, aumento da
pressão arterial e o desenvolvimento de tolerância ou seja, uma necessidade de
se aumentar a dose progressivamente.
Recentemente, tem-se focalizado
muito além da perda de peso como único tratamento da obesidade.
Novas definições
mais abrangentes têm considerado como objetivos de tratamento: a melhora
metabólica através do controle de comorbidades associadas como Diabetes e
dislipidemias, aumento e constância de exercícios físicos, melhora da
auto-estima, estado de espírito, e qualidade de vida através do incentivo às
atividades sociais do dia a dia de forma que se tenha uma rotina mais agradável
e uma vida mais prazerosa.
Postura ainda muito importante é a correção da Disbiose, que nesses casos é um fator de extrema importância devido as
alterações metabólicas instaladas.
Os distúrbios nutricionais, como
conseqüência da disbiose, podem ser constatados no estudo do Mineralograma
Capilar. Com um enfoque bioquímico do organismo, temos condições de diferenciar e
personalizar cada vez mais o tratamento do paciente. Quanto mais se investiga o
indivíduo e suas alterações nutricionais (vitaminas, sais minerais, aminoácidos,
oligoelementos), mais podemos atuar nos intrincados labirintos bioquímicos e
enzimáticos, e assim, revertendo quadros crônicos que muitas vezes possuem uma
base orgânica de difícil compreensão e manipulação.
Assim, com a
abordagem biomolecular de alterações tão abrangentes, têm-se resultados ainda
mais esperançosos e definitivos no tratamento do obeso e suas
comorbidades.
Fonte: American Family Physician 2000;61:3615-22
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- Emagrecer com a Medicina Biomolecular
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